Governo Federal apresenta planos de TIC para o Estado
A ampliação da oferta de cursos profissionalizantes e a interiorização da Universidade Federal são algumas das metas do Governo Federal para Santa Catarina apresentadas pela senadora catarinense Ideli Salvatti (PT) eu reunião no Sapiens Parque, em Florianópolis, esta semana. No encontro, o setor tecnológico esteve representado pela ACATE, CETIC-SC e FIESC – Câmara de Tecnologia.
A ampliação da oferta de cursos profissionalizantes e a interiorização da Universidade Federal são algumas das metas do Governo Federal para Santa Catarina apresentadas pela senadora catarinense Ideli Salvatti (PT) eu reunião no Sapiens Parque, em Florianópolis, esta semana. No encontro, o setor tecnológico esteve representado pela ACATE, CETIC-SC e FIESC – Câmara de Tecnologia.
Na oportunidade, o presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) e da Câmara de Tecnologia da FIESC, Alexandre d´Avila da Cunha, e o diretor de Telecomunicações da ACATE, Norberto Dias, apresentaram as reivindicações do setor e cobraram da bancada catarinense no Congresso Nacional mais empenho na defesa de umas das principais economias e vocações de Santa Catarina – a tecnologia da informação e comunicação.
“O Estado tem grandes empresas de software e hardware e o setor já é a principal economia de municípios como Florianópolis e Blumenau. Mesmo assim, falta os parlamentares federais de Santa Catarina conhecerem um pouco mais deste dinâmico segmento para trazerem oportunidades para o Estado”, enfatizou Norberto Dias durante a reunião. Segundo o empresário, além da média salarial dos profissionais ser acima de diversas outros setores, para cada emprego gerado pelas empresas outros onze são criados.
A senadora Ideli Salvatti apresentou alguns projetos que seu mandato e a bancada catarinense estão trazendo para o Estado. Estão divididos em três vertentes: infra-estrutura, educação e ciência e tecnologia. Para o setor, programas como os de incentivo a TV Digital e semicondutores, são alguns que empresas catarinenses poderão ter acesso. Em educação, a senadora lembrou dos projetos de interiorização da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da ampliação da atuação do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-SC) no Estado. “Só para a criação de novos cursos profissionalizantes através do CEFET-SC, foram R$ 40 milhões destinados nos últimos dois anos”, contabilizou Ideli.
A maior deficiência do Estado está na atração de investimentos em Ciência e Tecnologia para o Estado, afirmou a senadora. “Santa Catarina tem ficado atrás de outros estados quando o assunto é investimento para o desenvolvimento tecnológico no Estado”, lamentou Ideli Salvatti. Para a senadora governista e para os participantes do encontro nesta segunda, é preciso atrair empresas como a Petrobras para o Estado, para que seja possível criar um centro de referência e desenvolvimento tecnológico, que beneficiaria empresas, profissionais e a toda a economia em torno deste projeto. Outro projeto que a senadora quer incentivar é a consolidação do Sapiens Parque, como centro de referência nacional em desenvolvimento sustentável e convergência digital.
A senadora explicou que a diversidade econômica regional do Estado é também uma das principais dificuldades para atrair investimentos. “Santa Catarina tem diversas vocações e há uma disputa entre os setores. Precisamos focar em um segmento e para isso precisamos da ajuda de vocês para elaborar projetos”, desafiou a senadora governista.
Financiamentos para tecnologia
A falta de crédito para financiar o desenvolvimento das empresas catarinenses, na sua maioria micro e pequenas, também foi abordada no encontro. O presidente da ACATE, Alexandre d´Avila da Cunha, que na oportunidade também representava o Conselho de Entidades (CETIC-SC), apontou que neste quesito já houve avanços, mas é preciso mais. “Temos no Estado o programa Juro Zero, executado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e que já aprovou financiamentos a 14 empresas inovadoras catarinenses. Porém, para a continuidade do programa no Estado, é preciso um novo aporte no fundo garantidor para acesso a novos R$ 10 milhões”, explicou Cunha.
Para o sucesso de outras modalidades de financiamento e de outros agentes como BNDES e BRDE, Cunha sugeriu a formação de um fundo garantidor específico. “A garantia real ainda é o maior problema para empréstimos do setor de TIC e o fundo garantidor seria um extraordinário indutor de desenvolvimento local”, afirmou Cunha. A senadora Ideli Salvatti se comprometeu a apoiar a criação deste fundo, classificando esta ação como uma medida importante e urgente.