Projeto reúne empresas catarinenses para obtenção da MPS.BR
O grupo é organizado pela ACATE por meio do Núcleo de Desenvolvimento de Software de Florianópolis (Softpolis). Com a formação do grupo, as empresas terão treinamentos compartilhados e irão dividir a contratação de outros serviços, o que reduz os custos com a implantação. “Poderão participar do grupo empresas associadas a ACATE que desenvolvem software, de qualquer modalidade – embarcado, outsourcing, semi-customizado, de prateleira, etc”, destaca Michael Cardoso, diretor de software da ACATE e gerente técnico do Softpolis.
O objetivo do projeto cooperado é implementar uma série de melhorias no processo de desenvolvimento de software das empresas, especialmente nas áreas de gerenciamento de requisitos, gerenciamento de projetos, e qualidade. “A implantação do modelo MPS-BR consiste na definição de um processo de gestão do desenvolvimento de software, adequado à cultura e à estrutura da empresa, de acordo com as melhores práticas do mercado e normas internacionais”, explica Cardoso.
De acordo com o diretor da ACATE o caminho das empresas até a certificação não é a nada fácil. “A maior dificuldade das empresas na implantação do modelo é que o processo demanda dedicação, e muita disciplina para que seja possível cumprir as metas do projeto. Há uma curva de esforço considerável, mas recompensada pela evolução da maturidade da empresa proporcionada pelas práticas implantadas, e pelo ganho de qualidade e controle sobre o processo de desenvolvimento de software. A empresa ganha em profissionalismo, qualidade, e credibilidade”, avalia.
Após a implantação, a empresa passará por uma avaliação do processo, e caso tenha atingido a conformidade com o modelo, poderá utilizar um selo oficial do MPS-BR, atestando que seus processos estão sendo gerenciados de acordo com as melhores práticas do mercado. Mesmo com tantos benefícios, a certificação ainda é pouco conhecida entre as empresas. “Ainda existe pouca demanda, mas acreditamos que haverá um crescimento da conscientização das empresas para a importância do investimento em qualidade. Cada vez mais, esse tipo de certificação será um pré-requisito para que os produtos catarinenses ganhem espaço no mercado nacional e internacional”, destaca o gerente técnico do Softpolis.
Os primeiros resultados
O grupo formado pelas empresas Softplan, Boreste, Ilog Tecnologia, Dualline Solutions e Poligraph que, no começo do ano, iniciaram as atividades do projeto cooperado para a implantação e avaliação da MPS.BR já apresenta os primeiros resultados. Nesses meses, as empresas passaram por treinamentos sobre o MPS.BR, gerência de projeto e gerência de requisitos. Além disso, foi feito um diagnóstico dos processos de software de cada empresa. Também foi feita uma modelagem dos processos que identificou as diferenças entre a situação atual do processo adotado em relação aos resultados esperados no MPS.BR.
Após a realização de outras etapas, as empresas estão iniciando o primeiro projeto no modelo. “Atualmente, as cinco empresas estão em estágios similares. Elas estão iniciando o primeiro projeto que já deverá seguir o processo alinhado ao modelo MPS.BR. Elas estão alcançado 50% do projeto”, informa Marcello Thiry, professor da Univali e responsável pela empresa Incremental, implementadora oficial do MPS-BR em Santa Catarina e parceira da ACATE no projeto cooperado.
“Todas as empresas participantes do projeto se apresentam bastante motivadas para a realização do trabalho desde o início do mesmo. Procuram realizar suas atividades da melhor maneira possível. Às vezes, por questões de demandas internas, o rendimento pode ser reduzido, porém em seguida retomam as atividades do projeto, atendendo aos objetivos estabelecidos para o mesmo”, diz o professor.