Capital de risco impulsiona novos negócios
Para uma empresa em fase inicial ter em seu quadro societário um investidor de capital de risco pode representar a garantia necessária para crescer. Como diz o nome, esse tipo de sócio está disposto a arriscar seu investimento em negócios ainda iniciantes, mas com potencial de grande crescimento. Para isso, destina elevadas somas de recursos em troca de significativos retornos no futuro.
Para uma empresa em fase inicial ter em seu quadro societário um investidor de capital de risco pode representar a garantia necessária para crescer. Como diz o nome, esse tipo de sócio está disposto a arriscar seu investimento em negócios ainda iniciantes, mas com potencial de grande crescimento. Para isso, destina elevadas somas de recursos em troca de significativos retornos no futuro. Esse apoio faz com que as empresas jovens cresçam mais rápido, criem mais valor e gerem mais empregos. Na busca pelos resultados, os negócios inovam mais e desenvolvem estratégias de comercialização mais agressivas.
Mas nem sempre as empresas estão prontas para receber esse tipo de investimento. "Muitas não conseguem chamar a atenção de tais fundos, outras têm dificuldades em reagir ao serem abordadas pelos investidores", afirma a diretora executiva da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) e coordenadora geral da incubadora MIDI Tecnológico, Jamile Sabatini Marques. "Os desafios continuam mesmo após a captação dos investimentos, quando inicia a gestão dos recursos e a necessidade de prestação de contas", completa Jamile.
Preparar melhor as empresas para essa nova realidade é o objetivo de um programa de capacitação que será desenvolvido para as incubadas de base tecnológica de Santa Catarina, através do projeto Progressus (Plataforma Cooperativa para Desenvolvimento de Empresas de Base Tecnológica de Alta Competitividade e Valor de Mercado). No projeto, que tem recursos do Programa Nacional de Incubadoras da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o MIDI Tecnológico ficará responsável por oferecer a capacitação sobre capital de risco. "Estaremos preparando as empresas para a elaboração do plano de negócios e alavancagem de recursos, além da captação e administração dos investimentos", afirma a diretora da ACATE.
O primeiro censo sobre capital de risco no Brasil, realizado pela Fundação Getúlio Vargas entre 1999 e 2004, apontou que, nesse período, o número de empresas investidas cresceu mais de 200%, passando de 100 para 315. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Capital de Risco (ABCR), divulgada em 2003, Santa Catarina era o quinto Estado do país que mais atraía esse tipo de investimento.
Os cursos estão sendo formatados e em breve serão divulgados pelas incubadoras participantes do projeto. O Progressus tem como incubadora âncora o CELTA, da Fundação CERTI, e integram o grupo o MIDI Tecnológico (ACATE/SEBRAE-SC), a Incubadora Tecnológica de Engenharia Biomédica (UFSC), a Pedra Digital (UNISUL) e o CITEB (UNIVALI). Cada incubadora ficou responsável por um item do projeto.