Como a auditoria contribui para o processo de governança e para a construção da credibilidade do seu negócio
Todo empresário sonha com o sucesso do seu negócio. Expansão das operações, contratação de pessoas, impacto positivo na sociedade e o êxito financeiro fazem parte deste ideal. Mas, se a […]
Todo empresário sonha com o sucesso do seu negócio. Expansão das operações, contratação de pessoas, impacto positivo na sociedade e o êxito financeiro fazem parte deste ideal. Mas, se a gestão de uma empresa é complexa e desafiadora, exigindo readequações constantes na estrutura de controles e processos, como assegurar que a companhia crescerá de maneira sustentável e organizada? Como garantir o cumprimento das obrigações internas estabelecidas no plano de negócios, as obrigações com o governo, fornecedores, acionistas e colaboradores? Como assegurar que haverá capital disponível para expansão? É mais indicado buscar um financiamento ou um investidor?
A implementação de uma boa governança é chave para responder a estas questões. É neste contexto que contar com especialistas para certificar seus processos e modelo de gestão financeira ajuda a construir estruturas sólidas para o avanço da empresa de forma mais rápida e eficaz.
O crescimento do negócio exige que os processos operacionais funcionem, com controles que permitam a fluidez das atividades, mas assegurando que as políticas estabelecidas pela administração sejam cumpridas, minimizando erros e fraudes.
A medição adequada e frequente dos resultados, combinada com uma análise detalhada, possibilita que os gestores entendam os resultados da operação e sua comparação com métricas diversas, o custo dos produtos ou serviços, a rentabilidade do seu portfólio de produtos, além de confirmar se as ações realizadas têm gerado resultados, orientando as decisões estratégicas.
Agora, como saber se seus processos são suficientes, estão adequados, se os resultados são medidos corretamente e se estão sendo apurados por critérios compatíveis com os de mercado? Na apuração destes critérios, modelos contábeis, gerenciais e aspectos fiscais são utilizados pela administração. É comum encontrar gestores que estabelecem critérios gerenciais divergentes da prática de mercado e capazes de gerar dados inadequados para orientar a tomada de decisão. Seguindo essa lógica, os demonstrativos financeiros deixam de ser preparados de acordo com critérios apropriados, podendo ser desconsiderados por investidores e bancos. Perde-se tempo e, em alguns casos, a credibilidade. Não sabemos se é verdade que um cavalo selado passa apenas uma vez, como diz o ditado popular, mas uma nova boa oportunidade pode demorar muito a surgir novamente.
A recorrência da auditoria externa dentro de uma organização é uma das práticas mais relevantes dentro da governança corporativa. Uma pesquisa recente promovida pela Mazars Global, que consultou 501 líderes do mundo todo (CFOs, CEOs ou membros de comitês de auditoria), apontou que oferecer garantia e confiança para benefício dos acionistas, investidores e reguladores, além de apoiar a melhoria de desempenho, são as duas principais expectativas em relação aos auditores.
Esta percepção colhida na pesquisa demonstra mais uma vez que ter os processos financeiros e o balanço certificados pela auditoria são instrumentos de entrega de confiança aos stakeholders. Confiança, uma palavra de origem latina que significa “acreditar plenamente, com firmeza”, é essencial para qualquer empresa. Se a comunicação feita pela empresa ao mercado, seja através do seu plano de negócios, projeções ou balanço, é chancelada por um terceiro, ela transmite mais confiança, mais credibilidade.
Outra informação fundamental trazida pela pesquisa da Mazars é que, além da chancela tradicional sobre os demonstrativos financeiros, destinada a bancos e investidores, a melhoria do desempenho é algo esperado dos auditores. Nesse contexto, a auditoria pode avaliar os processos de gerenciamento de riscos corporativos, classificar como é realizado o monitoramento do desempenho do negócio, dos aspectos relacionados ao ambiente de controles, que vão desde como os objetivos do negócio são comunicados a todos os colaboradores e como a estratégia conversa com as atividades, até como a empresa gera valor para seus acionistas e controladores, entre outros. A análise de uma auditoria pode ser muito mais profunda e contribuir para o negócio, gerando reflexões e mudanças de atitude na administração e na estrutura geral da empresa.
A evolução tecnológica por meio do uso de data analytics (análise de dados) já permite uma validação de dados e de processos maior que no passado, resultando em redução de tempo das análises, maior mitigação dos riscos e maior aumento da confiança.
A auditoria aporta conhecimento em sua área de atuação, compartilhando com os colaboradores as mudanças de legislação, as melhores práticas de mercado, e serve como uma referência do que o mercado está praticando.
Veja abaixo os quatro principais benefícios de uma auditoria bem realizada e voltada para os aspectos de melhoria da governança:
- Confiança nos números dos demonstrativos financeiros (a responsabilidade número 1 dos auditores)
- Contribuições sobre os controles internos dos processos financeiros sujeitos à auditoria e do conjunto de políticas e procedimentos já definidos pela administração (gerando otimização e reduzindo riscos de erros ou desvios)
- Compartilhamento de conhecimento sobre normas e leis com sua equipe de colaboradores (deixando sua equipe de colaboradores mais atualizada)
- Uma visão sobre o grau de maturidade dos controles internos e da estrutura de governança, que incluirá diversos aspectos sobre como a gestão de riscos, em suas várias faces (financeira, recursos humanos, tecnologia da informação, operacional, entre outras)
Manter uma mentalidade de mudança constante, motivação elevada, não desviar dos valores de ética e integridade, além de poder contar com o apoio de mentores e especialistas nos assuntos complexos, são fatores que facilitam o caminho para o tão desejado sucesso. Como diria Charles Darwin, “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente. Quem sobrevive é o mais disposto à mudança.”
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