Software arrecada mais do que Turismo na Capital
Apenas o segmento de software da área Tecnologia da Informação (TI) contribuiu com 11% do ISS, imposto de onde vem 37% da arrecadação tributária do município. O setor ficou atrás apenas das instituições financeiras. Além disso, segundo o Departamento de Tributos da Secretaria da Receita, o faturamento das 300 empresas de software da Capital cresceu 48% em 2007 em relação ao ano anterior, passando de R$ 320 milhões para R$ 476 milhões.
O bom desempenho impulsiona um mercado aquecido. A Acate estima que, apenas em Florianópolis, entre 20 e 30 empresas de base tecnológica com produtos inovadores são criadas a cada ano. E o presidente Ruy Luiz Gonçalves, que assumiu a presidência da entidade para a gestão 2008-2010, classifica o setor tecnológico como o maior contratador de mão-de-obra altamente qualificada do Estado. Por isso, o novo presidente tem como uma de suas metas fortalecer a entidade por meio da ampliação de sua representatividade. Hoje, são 192 associadas, a maior parte delas sediada na Grande Florianópolis.
Entidade quer expandir para outras cidades
– Queremos expandir a nossa atuação por outros pólos, como Joinville, Blumenau e Criciúma.
A pauta de trabalho inclui medidas para garantir o crescimento das empresas de tecnologia catarinenses: maior captação de recursos para investimento e a capacitação de mão-de-obra. O déficit de profissionais é um dos grandes gargalos do setor.
Gonçalves cobra investimentos nas universidades, mas também a criação de mais cursos técnicos no Estado. E promete buscar linhas de crédito específicas para empreendimentos imobiliários do setor. Entre os projetos que a nova gestão assumirá está o de um novo parque tecnológico em Florianópolis. Uma área já estaria destinada a ele no Plano Diretor da Praia do Campeche, no Sul da Ilha.
Sobre a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), anunciada pelo governo na segunda-feira, o presidente da Acate fez restrições.
– Faltou o governo ouvir um pouco mais o setor.
A nova política prevê que empresas de TI exportadoras tenham reduzidas as alíquotas da contribuição patronal à previdência e de outros tributos. Para Gonçalves, a medida terá pouco efeito no Estado, porque o número de exportadoras é pequeno.