Ano novo de incertezas em SC
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Ano novo de incertezas em SC
Uma reviravolta marcou 2008 para os empresários catarinenses. O cenário otimista do início do ano deu lugar a uma desaceleração, reflexo da turbulência global e dos impactos das cheias que castigaram principalmente o Vale do Itajaí.
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Ano novo de incertezas em SC
Uma reviravolta marcou 2008 para os empresários catarinenses. O cenário otimista do início do ano deu lugar a uma desaceleração, reflexo da turbulência global e dos impactos das cheias que castigaram principalmente o Vale do Itajaí. O saldo, apesar dos percalços, ainda é positivo. Mas as incertezas continuam pelo menos para os próximos meses. Outra reviravolta é a esperança dos otimistas. O primeiro trimestre de 2009 deve trazer os impactos da crise, porém, a expectativa é de uma retomada a partir de meados do novo ano.
Para o presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Alcantaro Corrêa, um dos confiantes numa nova reviravolta, 2009 será um período de adaptação.
– O mundo não parou e não vai parar. O que está se fazendo agora é um ajustamento, mas que ocorre principalmente lá fora. O Brasil fez a lição de casa e está em condições de competitividade. O que precisamos é criar condições para novas oportunidades – defende Corrêa, lembrando que a desaceleração no final de 2008 não comprometerá o resultado positivo final dos 12 meses.
A expectativa de Federação das Indústrias de SC é fechar o ano de 2008 com um crescimento nas vendas próximo dos 8,1% registrados no ano passado.
O presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij) e presidente do conselho de administração da Döhler, Udo Döhler, também aponta um balanço positivo, embora “discreto” para 2008.
Empresas seguem com investimentos
– A crise econômica mundial, somada às catástrofes da enchente no Estado, comprometeram sensivelmente o desempenho das empresas, especialmente no último trimestre. Mesmo assim, os resultados, de forma geral, são positivos – avalia Udo Döhler.
Para o presidente do Sindicato da Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Materiais Elétricos de Jaraguá do Sul, Célio Bayer, depois da retração de cerca de 35% nas encomendas do setor no último trimestre, o que preocupa agora são os primeiros meses de 2009.
No entanto, mesmo diante das incertezas, há exemplos de continuidade dos investimentos. A Weg divulgou neste mês a previsão de investir R$ 375 milhões em expansão da capacidade de produção e modernização ao longo de 2009.
– Continuamos a ver boas oportunidades de curto e médio prazo – afirma o presidente executivo da Weg, Harry Schmelzer Júnior.
Construção e tecnologia seguem ritmo otimista
Na construção civil, o clima segue otimista. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) da Grande Florianópolis, Hélio Bairros, diz que as empresas devem fechar o planejamento de investimentos para o ano ao longo do primeiro trimestre, mas acredita na continuidade do crescimento, que neste ano deve fechar em 10%.
– O que pode atrapalhar é uma redução no fluxo do crédito ou novas altas do juros – destaca.
No mesmo embalo estão as empresas de tecnologia.
Embora reconheça o clima de incerteza para o início do ano, o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Rui Luiz Gonçalves, comemora o indicador de que a maioria das empresas do Estado deve fechar o ano com crescimento na ordem de 30%.
– Investir em tecnologia pode ser a saída para muitas empresas fugirem da crise. Empresas tradicionais, que importavam produtos e insumos, terão que desenvolver coisas para não ficarem tão dependentes do câmbio – acrescenta.
Bem menos confiante está a agroindústria. O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), Enori Barbieri, lembra que o setor vinha de um grande otimismo no início deste ano, impulsionado pela alta no preço dos alimentos, que poderia compensar o custo elevado dos insumos.
Porém, com os reflexos da crise chegando em plena época de plantio para a nova safra, a insegurança toma conta do setor.
– A agroindústria mais uma vez foi convidada para pagar uma conta que não é sua. Plantou uma safra com preços altos e está prestes a colher com os preços baixos – reclama Barbieri.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2349026.xml&template=3898.dwt&edition=11384§ion=129