BID investe em fundo de biotecnologia no país
O Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), administrado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), investirá US$ 5 milhões em um fundo de capital de risco, o Burrill Brazil Fund, que comprará participações de empresas com negócios na área de biotecnologia.
O Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), administrado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), investirá US$ 5 milhões em um fundo de capital de risco, o Burrill Brazil Fund, que comprará participações de empresas com negócios na área de biotecnologia.
De acordo com Susana Garcia-Robles, responsável pela administração do Fumin, o principal objetivo do aporte é fazer crescer os negócios de biotecnologia no Brasil. “Esse tipo de indústria é inovadora, e a inovação é o carro-chefe do desenvolvimento econômico”, diz a executiva do BID.
O papel do BID, segundo Susana, é, a partir do seu investimento, atrair outros aportes para o fundo, que levantará cerca de US$ 100 milhões ao todo.
De acordo com o BID, o Brasil tem 350 empresas privadas de biotecnologia, em setores como o de fármacos, energia, alimentos e engenharia de materiais. “É um número grande, mas o problema é que são empresas ainda imaturas, principalmente em relação à gestão de propriedade intelectual e do seu próprio valor”, avalia Susana.
A escolha das empresas caberá à Burrill & Company, uma gestora do Vale do Silício americano, que tem mais de US$ 950 milhões em fundos de participações em empresas ligadas às chamadas ciências da vida. É a partir de um escritório no Rio de Janeiro, chefiado por João Paulo Baptista, ex-gestor da Rio Bravo, que a decisão de investimento será tomada.
A avaliação ainda contará com a opinião da cientista brasileira Gabriela Cezar, que tem trabalhos na área de células-tronco.
Outro fundo nos mesmos moldes também será lançado pela Burrill no Chile, com um aporte de US$ 4 milhões do Fumin. A expectativa do BID é que os fundos apoiem entre 16 e 25 empresas, gerando 450 empregos ligados à alta tecnologia no Brasil e no Chile. O Fumin já investiu US$ 42 milhões em 13 fundos de venture capital no Brasil.
Jornal Valor Econômico