Estudo da Softex apresenta impactos da crise econômica no setor
Trata-se de uma análise dos efeitos da crise mundial sobre o setor de TI, em especial sobre os processos de terceirização para outros países. O trabalho foi encomendado pela SOFTEX junto ao instituto norte-americano Everest Institute, sediado em Dallas.
As informações serão detalhadas por Eric Simonson, managing principal do Everest Institute, organização independente de pesquisa e análise que atua como fonte de inteligência estratégica para compradores, fornecedores e investidores nas áreas de TI e de Business Process Outsourcing (BPO). O encontro integra a pauta de atividades do Programa Setorial Integrado para Exportação de Software e Serviços Correlatos (PSI-SW), desenvolvido pela SOFTEX com o apoio técnico financeiro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
“A iniciativa reflete nossa preocupação com o impacto da desaceleração econômica mundial na indústria brasileira de software e serviços. O estudo deverá auxiliar nossas empresas no processo de reavaliação de suas estratégias neste novo cenário econômico global, no qual é fundamental a rápida identificação de novas oportunidades. Há um importante espaço a ser ocupado pelo país no cenário global, e é isso que vamos destacar”, comenta Djalma Petit, diretor de mercado da SOFTEX.
Crise
A indústria brasileira de software e serviços de TI tem grande chance de se tornar um setor econômico importante para o desenvolvimento nacional. A competência técnica, a proximidade cultural com os mercados clientes, entre outros fatores, têm estimulado os empresários e o Governo Federal a acreditarem que essa indústria tem grande potencial para contribuir com o crescimento sustentado do Produto Interno Bruto (PIB). Prova disso é que o governo colocou o setor como uma das opções estratégicas da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada no ano passado, e foi mantida, mesmo com a crise.
O mercado interno brasileiro para software e serviços de TI, apesar da participação de multinacionais, é significativo. Em relação ao mercado externo, a participação do país ainda está abaixo do seu potencial. No entanto, segundo especialistas, as projeções eram no sentido de que as receitas de projetos no exterior representassem fatias relativamente importantes nos próximos dois anos. Na construção de cenários para essa indústria, com a crise econômica, são visualizadas hipóteses tanto positivas quanto negativas. Para os empresários do setor, o momento é de cautela, mas os planos são de expansão. Assim, se a crise se traduzir em recessão aguda, os planos terão de ser revistos.