Evento promovido pelo BNDES, MCTIC e McKinsey discute futuro de IoT no Brasil
"Laboratórios do Futuro: Aspirações em IoT para o Brasil".
"Laboratórios do Futuro: Aspirações em IoT para o Brasil". Este foi o tema do evento promovido na terça-feira (7/03), em São Paulo, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Na ocasião, especialistas de vários países ligados ao instituto de pesquisas global McKinsey, além de líderes empresariais e representantes do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), discutiram um plano de ação estratégico para o país, com foco em Internet of Things (IoT), e que integrarão o estudo "Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil", liderado pelo BNDES.
A ação é coordenada pelo consórcio selecionado pelo BNDES e MCTIC, liderado pelo McKinsey, CPqD e o escritório Pereira Neto/Macedo Advogados, responsáveis pelo estudo e por disponibilizar, futuramente, os resultados para a promoção futura de políticas públicas em IoT no Brasil, de curto e médio prazo. Na ocasião, representantes das entidades apresentaram os objetivos da proposta, além de estudos complementares para analisar o cenário internacional e o que pode ser promovido nacionalmente.
Como o estudo irá funcionar na prática
O estudo será dividido em quatro fases: na primeira, serão identificadas as aspirações em IoT no Brasil; na segunda, serão definidas as verticais de IoT criadas para a implementação futura das ações. Em junho será realizado um novo evento para definir essas verticais. A terceira fase terá uma proposta mais horizontal, momento no qual serão definidas as regulamentações que irão servir para todas as aplicações realizadas quando ocorrer a implementação das verticais. Por fim, a quarta e última fase do estudo, quando será apresentado o plano com as ações concretas para a promoção das políticas públicas voltadas para esse segmento. A meta é que o estudo seja finalizado e divulgado em setembro de 2017.
De acordo com pesquisa promovida pelo McKinsey Global Institute (MGI), o segmento de IoT pode impactar a economia global entre US$ 4 e US$ 11 trilhões por ano até 2025, incluindo países emergentes como o Brasil. Esse fator corrobora para que o Governo Federal defina um plano de ação estratégico de desenvolvimento nacional deste segmento. Para tanto, contará com o apoio de players do próprio mercado com expertise internacional, como é o caso da catarinense Chipus Microeletrônica. Fundada em 2009, a empresa desenvolve projetos de circuitos integrados de baixo consumo inclusive para aplicações em IoT para clientes nos EUA, Europa e Ásia.
Líderes empresariais com expertise internacional auxiliam cenário brasileiro
Para a Chipus, a decisão em atuar internacionalmente é uma característica marcante desde a sua concepção. O Brasil possui uma grande dependência de importação de componentes semicondutores (chips). De acordo com dados da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) divulgados em janeiro de 2017, os semicondutores foram um dos itens mais importados desse setor, com um investimento externo de US$ 439 milhões.
Em razão de sua experiência externa, a Chipus foi convidada para participar do evento e está dialogando com players estratégicos do mercado brasileiro para entender as necessidades, desafios e oportunidades em IoT/Indústria 4.0, além de analisar de que forma seu background e soluções desenvolvidas para clientes no exterior podem contribuir para o sucesso do plano nacional.
Para Murilo Pessatti, CEO da Chipus Microeletrônica, a iniciativa atual irá ajudar a orientar melhor as ações em IoT e Indústria 4.0. “As ações e políticas públicas, dentre outros focos, discutidos no evento e que farão parte do estudo são necessárias para alavancar empresas nessa área e na própria economia nacional. Essa iniciativa pode ajudar na potencialização e catalisação de outros negócios inovadores, como ocorreu com a Chipus no passado”, declarou.
Sobre a Chipus Microeletrônica
Fundada em março de 2009 em Florianópolis, Santa Catarina, a Chipus Microelectrônica é especializada no desenvolvimento e customização de projetos de circuitos integrados (CIs ou simplesmente chips) e licenciamento de IPs (Intellectual Property). Em junho do mesmo ano foi incubada no MIDI Tecnológico, incubadora mantida pelo SEBRAE/SC e gerida pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE). Com capital 100% nacional e uma carteira composta por dez clientes internacionais, cujo portfólio nesses oito anos reúne mais de 180 IPs, a Chipus recebeu inicialmente apoio financeiro de investidores-anjo, além de subsídios provenientes de editais do CNPq/MCTI. Em 2016, também foi uma das contempladas pelo Fundo Criatec 2/BNDES. Site: www.chipus.com.br.