Em 2006, as 65.754 empresas brasileiras do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) obtiveram receita líquida de R$ 205,9 bilhões e geraram R$ 82,1 bilhões (valor adicionado e valor da transformação industrial), o que representava, naquele ano, 8,3% do valor total produzido pela indústria, comércio e serviços.
Em 2006, as 65.754 empresas brasileiras do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) obtiveram receita líquida de R$ 205,9 bilhões e geraram R$ 82,1 bilhões (valor adicionado e valor da transformação industrial), o que representava, naquele ano, 8,3% do valor total produzido pela indústria, comércio e serviços.
Embora essa seja uma participação significativa, houve perda gradativa de peso do setor TIC, que havia sido de 8,9% em 2003, principalmente em razão da redução no ritmo de crescimento do segmento de telecomunicações.
Segundo levantamento do IBGE, o setor TIC é altamente concentrado, com 76,1% do valor gerado nas empresas com 250 ou mais pessoas ocupadas. Em contrapartida, as micro e pequenas empresas têm papel importante na geração de postos de trabalho.
A região Sudeste concentrava, em 2006, 65,0% do valor gerado pelo setor TIC, que tinha 95,6% de suas empresas e 71,1% das pessoas ocupadas nas atividades de serviços. Essas são algumas das informações levantadas pelo IBGE neste estudo inédito do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação.
O estudo analisou o setor TIC pelo lado da oferta, nos anos de 2003 a 2006, e foi realizado a partir dos resultados das pesquisas econômicas anuais do IBGE da indústria, do comércio e dos serviços e de informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No capítulo de produtos e serviços TIC, o estudo mostra o crescimento na participação do setor de telecomunicações sem fio (34,1% para 43,2%), enquanto telecomunicações por fio perdeu participação (de 60,3% para 50,7%), no período 2003-2006.
Constatou, ainda, aumento de 8,5% para 13,6% na participação das chamadas geradas em telefones públicos (na receita da telefonia fixo-fixo). E, ainda redução de 8,9% para 5,1% na participação da receita das chamadas internacionais, em decorrência de alternativas disponíveis na Internet para comunicação à distância.
Número de empresas de TIC cresce, mas participação do setor na economia diminui
O setor TIC brasileiro era formado, em 2006, por 65.754 empresas, que ocupavam 673.024 pessoas, sendo que, entre 2003 e 2006, houve um aumento de 18,3% no número de empresas e de 40,7% nas pessoas ocupadas.
Em 2006, o faturamento líquido do setor atingiu R$ 205,9 bilhões; e o somatório do valor adicionado (VA) com o valor da transformação industrial (VTI)1, R$ 82,1 bilhões, mostrando crescimentos de 47,4% e 38,1%, respectivamente, em relação a 2003.
Apesar desse crescimento, entre 2003 e 2006, a participação do setor TIC no total de empresas do país manteve-se estável, em, respectivamente, 2,4% e 2,5%; enquanto a participação do VA/ VTI em relação ao total da economia brasileira mostrou recuo de 0,6 ponto percentual, saindo de 8,9% em 2003 para 8,3% em 2006.
Isso porque o setor TIC mostrou crescimento nominal inferior (37,6%) ao verificado na média da economia (47,6%) entre os dois anos citados. Essa queda de participação pode ser explicada, sobretudo pelo setor de telecomunicações, que embora tenha apresentado crescido no período, este foi inferior ao crescimento dos demais setores da economia.
A receita líquida do setor TIC também manteve uma participação estável no total, em torno de 7,1%, de 2003 a 2006. Já a fatia do pessoal ocupado no setor foi a única a ter um ligeiro crescimento no mesmo período, de 2,6% para 3,0%. Os dados estão resumidos nas duas tabelas a seguir.
Setor TIC se concentra em grandes empresas e no Sudeste e Sul do país
O setor TIC brasileiro se mostra concentrado nas grandes empresas, tanto no que se refere ao pessoal ocupado quanto ao valor gerado. Em 2006, quase metade (48,2%) dos ocupados em TIC trabalhava em empresas com mais de 250 pessoas ocupadas. Em relação ao VA/VTI, a participação das grandes empresas era ainda maior (76,1%).
Separando-se as empresas por faixa de faturamento, 40,7% do pessoal ocupado no setor TIC em 2006 trabalhavam em empresas com faturamento maior que R$ 60 milhões, mas percentual próximo (37,8%) estava ocupado nas empresas de menor faturamento (até R$ 2,4 milhões). Já na análise do valor gerado, observa-se alto grau de concentração (77,2%) na classe de maior faturamento.
A produtividade (relação entre valor gerado e pessoal ocupado) das empresas com mais de 250 pessoas era, em 2006, 4,8 vezes maior que a das pequenas. Havia maior eficiência nas empresas com faturamento superior a R$ 60 milhões, pois sua produtividade superava em pelo menos três vezes a de todos os outros intervalos de faturamento. Isso ocorre porque as grandes empresas (tanto em pessoal ocupado quanto em faturamento) são responsáveis por uma proporção do valor maior que a do pessoal ocupado.
Em 2006, as atividades do setor TIC estavam concentradas na região Sudeste no que se refere ao pessoal ocupado (65,6%) e ao valor gerado (64,4%). Em segundo lugar, aparecia a região Sul, com 13,2% do pessoal ocupado e 11,6% do VA/VTI. As participações das outras regiões eram, respectivamente, as seguintes: Norte 7,2% e 9,6%, principalmente devido à Zona Franca de Manaus; Nordeste 6,2% e 7,4%; e Centro-Oeste 7,9% e 6,9%.
Em relação às atividades, as empresas de TIC se concentravam nos serviços, que mostraram ligeiro aumento de participação no setor, de 95,3% em 2003 para 95,6% em 2006. As empresas industriais representavam 3,3% do setor de TIC em 2003 e 3,0% em 2006. O comércio mostra menor importância relativa, embora com pequeno aumento de participação, de 1,4% em 2003 para 1,5% em 2006.
Em relação ao pessoal ocupado no setor TIC, também se verifica uma concentração no setor de serviços, que, em 2006, reuniam 71,1% do pessoal ocupado, enquanto na indústria essa participação era de 25,6%; e, o comércio continuava mostrando menor importância relativa (3,3%).
Embora essa seja uma participação significativa, houve perda gradativa de peso do setor TIC, que havia sido de 8,9% em 2003, principalmente em razão da redução no ritmo de crescimento do segmento de telecomunicações.
Segundo levantamento do IBGE, o setor TIC é altamente concentrado, com 76,1% do valor gerado nas empresas com 250 ou mais pessoas ocupadas. Em contrapartida, as micro e pequenas empresas têm papel importante na geração de postos de trabalho.
A região Sudeste concentrava, em 2006, 65,0% do valor gerado pelo setor TIC, que tinha 95,6% de suas empresas e 71,1% das pessoas ocupadas nas atividades de serviços. Essas são algumas das informações levantadas pelo IBGE neste estudo inédito do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação.
O estudo analisou o setor TIC pelo lado da oferta, nos anos de 2003 a 2006, e foi realizado a partir dos resultados das pesquisas econômicas anuais do IBGE da indústria, do comércio e dos serviços e de informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No capítulo de produtos e serviços TIC, o estudo mostra o crescimento na participação do setor de telecomunicações sem fio (34,1% para 43,2%), enquanto telecomunicações por fio perdeu participação (de 60,3% para 50,7%), no período 2003-2006.
Constatou, ainda, aumento de 8,5% para 13,6% na participação das chamadas geradas em telefones públicos (na receita da telefonia fixo-fixo). E, ainda redução de 8,9% para 5,1% na participação da receita das chamadas internacionais, em decorrência de alternativas disponíveis na Internet para comunicação à distância.
Número de empresas de TIC cresce, mas participação do setor na economia diminui
O setor TIC brasileiro era formado, em 2006, por 65.754 empresas, que ocupavam 673.024 pessoas, sendo que, entre 2003 e 2006, houve um aumento de 18,3% no número de empresas e de 40,7% nas pessoas ocupadas.
Em 2006, o faturamento líquido do setor atingiu R$ 205,9 bilhões; e o somatório do valor adicionado (VA) com o valor da transformação industrial (VTI)1, R$ 82,1 bilhões, mostrando crescimentos de 47,4% e 38,1%, respectivamente, em relação a 2003.
Apesar desse crescimento, entre 2003 e 2006, a participação do setor TIC no total de empresas do país manteve-se estável, em, respectivamente, 2,4% e 2,5%; enquanto a participação do VA/ VTI em relação ao total da economia brasileira mostrou recuo de 0,6 ponto percentual, saindo de 8,9% em 2003 para 8,3% em 2006.
Isso porque o setor TIC mostrou crescimento nominal inferior (37,6%) ao verificado na média da economia (47,6%) entre os dois anos citados. Essa queda de participação pode ser explicada, sobretudo pelo setor de telecomunicações, que embora tenha apresentado crescido no período, este foi inferior ao crescimento dos demais setores da economia.
A receita líquida do setor TIC também manteve uma participação estável no total, em torno de 7,1%, de 2003 a 2006. Já a fatia do pessoal ocupado no setor foi a única a ter um ligeiro crescimento no mesmo período, de 2,6% para 3,0%. Os dados estão resumidos nas duas tabelas a seguir.
Setor TIC se concentra em grandes empresas e no Sudeste e Sul do país
O setor TIC brasileiro se mostra concentrado nas grandes empresas, tanto no que se refere ao pessoal ocupado quanto ao valor gerado. Em 2006, quase metade (48,2%) dos ocupados em TIC trabalhava em empresas com mais de 250 pessoas ocupadas. Em relação ao VA/VTI, a participação das grandes empresas era ainda maior (76,1%).
Separando-se as empresas por faixa de faturamento, 40,7% do pessoal ocupado no setor TIC em 2006 trabalhavam em empresas com faturamento maior que R$ 60 milhões, mas percentual próximo (37,8%) estava ocupado nas empresas de menor faturamento (até R$ 2,4 milhões). Já na análise do valor gerado, observa-se alto grau de concentração (77,2%) na classe de maior faturamento.
A produtividade (relação entre valor gerado e pessoal ocupado) das empresas com mais de 250 pessoas era, em 2006, 4,8 vezes maior que a das pequenas. Havia maior eficiência nas empresas com faturamento superior a R$ 60 milhões, pois sua produtividade superava em pelo menos três vezes a de todos os outros intervalos de faturamento. Isso ocorre porque as grandes empresas (tanto em pessoal ocupado quanto em faturamento) são responsáveis por uma proporção do valor maior que a do pessoal ocupado.
Em 2006, as atividades do setor TIC estavam concentradas na região Sudeste no que se refere ao pessoal ocupado (65,6%) e ao valor gerado (64,4%). Em segundo lugar, aparecia a região Sul, com 13,2% do pessoal ocupado e 11,6% do VA/VTI. As participações das outras regiões eram, respectivamente, as seguintes: Norte 7,2% e 9,6%, principalmente devido à Zona Franca de Manaus; Nordeste 6,2% e 7,4%; e Centro-Oeste 7,9% e 6,9%.
Em relação às atividades, as empresas de TIC se concentravam nos serviços, que mostraram ligeiro aumento de participação no setor, de 95,3% em 2003 para 95,6% em 2006. As empresas industriais representavam 3,3% do setor de TIC em 2003 e 3,0% em 2006. O comércio mostra menor importância relativa, embora com pequeno aumento de participação, de 1,4% em 2003 para 1,5% em 2006.
Em relação ao pessoal ocupado no setor TIC, também se verifica uma concentração no setor de serviços, que, em 2006, reuniam 71,1% do pessoal ocupado, enquanto na indústria essa participação era de 25,6%; e, o comércio continuava mostrando menor importância relativa (3,3%).