MCTI perde quase R$ 1,5 bilhão do orçamento de 2012
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão divulgou, no dia 15 de fevereiro, em Brasília, o corte de R$ 55 bilhões no orçamento de 2012. Com a redução, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação perdeu R$ 1,486 bilhão. O maior corte ocorreu na pasta da Saúde, que deixará de ter R$ 5,473 bilhões neste ano. Os ministérios de Cidades e Defesa sofreram cortes de R$ 3,3 bilhões.
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão divulgou, no dia 15 de fevereiro, em Brasília, o corte de R$ 55 bilhões no orçamento de 2012. Com a redução, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação perdeu R$ 1,486 bilhão. O maior corte ocorreu na pasta da Saúde, que deixará de ter R$ 5,473 bilhões neste ano. Os ministérios de Cidades e Defesa sofreram cortes de R$ 3,3 bilhões.
A Anpei destaca que a competitividade brasileira será prejudicada com o corte na área de C,T&I. Para a Associação, uma Política de Estado não pode ser impactada por circunstâncias econômicas. “Inovação é pilar fundamental de competitividade de qualquer nação”, afirma Guilherme Marco de Lima, vice-presidente da entidade. “O Brasil com um corte dessa proporção prejudica, ainda mais, a capacidade das empresas brasileiras de agregarem valor aos seus produtos e processos e, consequentemente, de reverterem o déficit crescente da balança comercial”, acrescenta.
Para o executivo, a decisão do governo federal segue na contramão da bandeira da presidente Dilma Roussef – levantada na posse do ministro Marco Antonio Raupp – de usar ciência, tecnologia e inovação como áreas estratégias no desenvolvimento do País. “Por se tratarem de investimentos em áreas inovadoras, precisamos de continuidade na alocação de recursos em ciência e tecnologia em curto, médio e longo prazo, como uma política de Estado”.
Para Lima, o corte pelo segundo ano consecutivo deve interferir, ainda, nos investimentos em C,T&I como proporção do Produto Interno Bruto (PIB). A Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação prevê elevar o atual patamar de 1,2% para 1,8% do PIB investido em P&D em 2014. Lima acrescenta que o País fica cada vez mais distante de alcançar patamares sugeridos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) de 2,2% a 2,5% do PIB.
O corte no orçamento federal também foi recebido com desagrado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Para a presidente da SBPC, Helena Nader, o anúncio do corte vai na contramão da história. “Trata-se de uma área estratégica que está sendo fragilizada” alertou ela. Nader lembrou que nos Estados Unidos, durante a crise, o presidente Barack Obama aumentou os investimentos na área em vez de diminuir.
Fonte: Anpei