MEC quer mais banda larga nas escolas para uso dos tablets
O governo federal, que planeja comprar até 600 mil tablets para distribuí-los a professores do nível médio – uma conta que pode chegar a R$ 180 milhões – parece ter se dado conta de que para terem alguma utilidade, os equipamentos vão precisar de conexões à Internet. Foi o tema que reuniu nesta quarta-feira, 12/9, os ministros Aloizio Mercadante (MEC) e Paulo Bernardo (Comunicações).
O governo federal, que planeja comprar até 600 mil tablets para distribuí-los a professores do nível médio – uma conta que pode chegar a R$ 180 milhões – parece ter se dado conta de que para terem alguma utilidade, os equipamentos vão precisar de conexões à Internet. Foi o tema que reuniu nesta quarta-feira, 12/9, os ministros Aloizio Mercadante (MEC) e Paulo Bernardo (Comunicações).
“Queremos reforçar a banda larga nas escolas, principalmente naquelas de maior porte. Se for o caso, inclusive com soluções de Wi-Fi”, afirmou Paulo Bernardo, após o encontro no Ministério da Educação, onde também estiveram presentes representantes das operadoras de telecom.
Num primeiro momento, o alvo do acerto são as cerca de 18 mil escolas públicas de nível médio – visto que serão os professores dessas os primeiros a receberem os tablets. Em tese, por conta do programa Banda Larga nas Escolas, as instituições já contariam com conexões.
“Se 2 Mbps podem ser suficientes para escolas de 100 alunos, não são para aquelas com 1,5 mil alunos”, afirmou Bernardo. “O MEC está dimensionando essa demanda. A ideia é termos velocidades diferentes a partir do porte de cada escola. As empresas disseram que não há problema”, completou.
Segundo o ministro, essas velocidades mais altas já estariam disponíveis a partir do próximo ano – pelos planos do MEC, a distribuição dos tablets aos professores começaria neste segundo semestre. Mas vale lembrar que o próprio governo já sabe que as promessas sobre o Banda Larga nas Escolas não se confirmaram.
O próprio Paulo Bernardo reclamou, em meados do ano passado, ao verificar os resultados de um levantamento da Anatel sobre o programa – apenas uma fração das escolas públicas efetivamente contavam com conexões de 2Mbps, meta que deveria ter sido implantada em janeiro de 2011.
(Convergência Digital, 12/09/2012)