Mercado nacional de software cresceu 35% em 2008
Realizada junto a fornecedores e desenvolvedores de software, o objetivo da análise é apresentar uma radiografia precisa desse setor no país. “A principal conclusão do estudo é que o ano de 2008 foi bom para o mercado de TI e o Brasil exportou mais software do que o ano anterior. O mercado nacional de software e serviços manteve-se na 12ª posição no cenário mundial, e movimentou US$ 15 bilhões no último ano, um aumento de 35% em relação a 2007. Desse total, US$ 5 bilhões referem-se a programas de computador (software) e US$ 10 bilhões a serviços, o equivalente a 1,68% e 1,72% do cenário mundial, respectivamente. Além disso, foram exportados US$ 340 milhões em licenças e serviços”, comenta José Curcelli, presidente da ABES.
Este mercado é explorado por quase 8.500 empresas, dedicadas ao desenvolvimento, produção e distribuição de software e de prestação de serviços. Daquelas que atuam no desenvolvimento e produção de software, 94% são classificadas como micro e pequenas empresas. Os setores industrial e financeiro continuaram representando quase 50% do mercado usuário, seguidos por serviços, comércio, governo, agroindústria e outros.
Outro dado importante está relacionado ao desenvolvimento nacional de programas de computador. Somente no último ano, essa atividade representou 32,5% do mercado, o que confirma a tendência de crescimento apontada desde 2004, quando a participação era de 27%.
Investimentos em TI para 2009
Em 2008, o mercado mundial de Tecnologia da Informação movimentou cerca de US$ 1,4 trilhão e o latino-americano US$ 61 bilhões. Nesse contexto, o Brasil representou o maior mercado regional, com 48% do total. Curcelli explica que, mesmo com a crise econômica, a expectativa é que os investimentos em TI cresçam em 2009. “Ficaremos acima da média dos demais setores da economia. Tecnologias que ajudem a promover a redução de custos e soluções empacotadas estarão em alta”, detalha.
Ao contrário do que tem acontecido em diversas áreas da indústria, o setor de TIC tem apresentado vantagens competitivas e, por isso, garantido representatividade na economia no atual estágio de crise financeira. Para Curcelli, o que diferencia esse setor dos outros em tempos de crise é que é um segmento estratégico para o país. Segundo ele, além de gerar empregos, promove a nação no cenário mundial e proporciona redução de custos às empresas.
“As empresas precisam reduzir custos em momentos de crise e o setor de TI apresenta essa possibilidade. O mercado interno nacional tem crescido nessa crise, pois as empresas precisam otimizar os processos e reduzir custos. Então, softwares que ofereçam isso serão bem vendidos em 2009. Em momentos delicados como esse, é preciso também criar coisas novas, inovar. Além disso, em relação ao mercado externo, as empresas estão vindo para o Brasil, pois encontram custo mais baixo de mão-de-obra e incentivos. Estão migrando ou transferindo serviços para a industria brasileira”, explica o presidente da ABES.
A pesquisa revela ainda algumas tendências a curto, médio e longo prazos. As corporações investirão em virtualização, Voz sobre IP (VoIP), ferramentas de consolidação e de gerenciamento, bem como em projetos de terceirização. Entretanto, os desafios existem, e um deles trata-se da qualificação de mão-de-obra.
Software
– Mercado Total de US$ 5,07 bilhões
– Representa 1,68% do mercado mundial
– Atendido em 32,5% por programas desenvolvidos no país
– Exportação de US$ 82 milhões em licenças
– Conta com 6.517 empresas dedicadas à exploração econômica
Serviços
– Mercado Total de US$ 9,94 bilhões
– Representa 1,72% do mercado mundial
– Exportação de US$ 258 milhões
– Conta com 1.978 empresas dedicadas à exploração econômica
Indicadores Gerais de TI
– Mercado Total de TI no Brasil US$ 29,3 bilhões
– Representa 1,99% do mercado mundial e 48% do mercado da AL
– 11,8 milhões de PC’s vendidos em 2008
– 44 milhões de PC’s compõe a base instalada
– 58 milhões de usuários da Internet
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