Na segunda edição da etapa Capital da Inovação Florianópolis, promovida pela Rede Catarinense de Inovação (Recepeti) e a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), 11 startups apresentaram negócios em seis minutos e responderam a uma sabatina feita por jurados especializados e investidores.
Aprepara, Tawitech, UniBov, Be
Como preparação, a Recepeti ofereceu uma tarde de mentorias para o pitch, na última segunda-feira. A orientação teve como base temáticas-chave para a apresentação de novos negócios a investidores, como times, soluções, modelos de negócio e escalabilidade. Consultores da Clear Inovação e da Narrative, foram parceiros da iniciativa.
Após os pitches, colhemos a avaliações na etapa Florianópolis:
Bruno Rondani, idealizador do 100 Open Startups, afirmou que a impressão é de que o ecossistema catarinense está cada vez mais maduro, com startups que não desistem e evoluem, mostrando-se cada vez mais atraentes ao mercado. “Identificamos facilmente o sucesso de algumas startups, inclusive as que já participaram do programa e firmaram contratos piloto com grandes empresas de nossa rede. Durantes as apresentações dessa edição, observamos três ou quatro negócios que atendem a demandas de empresas conectadas com o movimento”.
O presidente da Recepeti, Rui Luiz Gonçalves, enfatizou como pontos altos do evento a qualidade das apresentações e dos projetos nesta segunda edição do evento em Florianópolis. “Acreditamos que teremos condições de apresentar melhores startups para a banca nacional. Empresas que já haviam participado voltaram muito melhores, o que nos faz pensar tiveram um ano de muito aprendizado”.
Para o presidente da rede, as correções e complementações dos jurados aos empreendedores devem ser observadas como oportunidades. “O retorno de participantes esse ano é um incentivo para reforçarmos que o empreendedor não deve desistir no primeiro não, já que ele pode ser o incentivo e a motivação para a melhoria do negócio”.
O empreendedor Guilherme Sarkis, que conduziu a apresentação do evento, abordou o valor dos modelos de negócio que vêm se distanciando cada vez mais de cópias de outras soluções. “As startups que se apresentaram mostram que saíram da zona ‘mais do mesmo’ e, ao mesmo tempo, não são apaixonadas pelas próprias ideias a ponto de resistir a mudanças que precisarão ser feitas e validadas.”
Avaliações de participantes:
“Adequamos bastante o pitch previsto, depois das dicas de consultores na Recepeti, que foram muito importantes. Chegamos a um raciocínio um pouco mais rápido e direto para expor as ideias. Nesse momento, a gente vem em busca de parceiros e de clientes.”
Iuri Gomes Cardenas, Aquarela, incubada do MIDI Tecnológico/ACATE
“O evento proporciona networking com a rede, os investidores, além de feedback para a gente aprender um pouco mais. A própria preparação da Recepeti, ontem, mudou bastante o nosso pitch. Joga-se fora muita coisa, faz-se uma apresentação menos complexa, quando não é hora de entrar em muitos detalhes técnicos e números que não serão lembrados. É deixar a mensagem, e fazer contatos.”
Victor Rocha Pusch, Sensorweb, graduada do MIDI Tecnológico/ACATE
“O evento atende bem à nossa necessidade, de alcançar novos clientes e investidores para o próximo ano. Que sejam os investidores e as grandes empresas no país que precisam de inovação e que estão nesse movimento.”
Fabrício Pamplona, Mind the Graph
“O pitch foi bom, houve tempo para falar bastante e a estrutura foi bem organizada, gostei bastante do formato do evento e tive bons feedbacks após a apresentação O principal ganho nesse momento é conectar nosso negócio, ainda pequeno, sem uma abrangência tão grande ou capilaridade, com grandes empresas que querem muito inovar.”
Rafael Leite, Eficid IoT Solutions, incubada do MIDI Tecnológico/ACATE
“É o segundo ano que participamos do movimento 100 Open Startups. Para nós, é a oportunidade de participar de um ecossistema de inovação muito ativo, estar conectado a grandes empresas, além de ter o feedback de excelentes mentores.”
Gerson Ferraz, Beenergy
“Foi minha segunda participação e agora volto com o produto modificado e validado pelo mercado. Voltei justamente porque não tinha essa resposta aos investidores no ano passado. O 100 Open Startups traz uma visão diferenciada para nossa empresa, que é do interior do Estado, o que nos impõe algumas limitações de visão e de contatos, às vezes. O programa nos deu, no último ano, muitos contatos e uma visão melhor sobre o que precisávamos fazer para crescer.”