Ranking da Internet – Estado Conectado
Santa Catarina é o terceiro Estado do país em que as famílias têm mais acesso à internet, revelou o estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008. Os números não impressionaram especialistas, que consideram os dados um reconhecimento da inclusão digital catarinense.
Santa Catarina é o terceiro Estado do país em que as famílias têm mais acesso à internet, revelou o estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008. Os números não impressionaram especialistas, que consideram os dados um reconhecimento da inclusão digital catarinense.
De acordo com o estudo, 33,5% dos domicílios do Estado têm computadores com conexão discada ou por banda larga à internet. O diretor de Telecomunicações da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), Norberto Dias, avalia que uma série de fatores é responsável pelo bom desempenho. O primeiro deles é econômico, porque a renda per capita da população está acima da média nacional.
Em seguida, ele ressalta que a existência de universidades em todas as regiões de Santa Catarina contribui para a massificação do uso da rede de computadores. Norberto explica que estudantes de nível superior são bastante ligados à internet. A educação é outro fator destacado pelo diretor da Acate. O fato de o Estado ter empresas que produzem softwares, aplicativos e equipamentos de informática é último motivo que citado para justificar o bom desempenho.
Membro do Conselho Superior de Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Rui Luiz Gonçalves acrescenta um item à lista: a homogeneidade do Estado em áreas como IDH, Produto Interno Bruto e nível educacional. Ele lembra que os polos não estão concentrados numa região. O diretor executivo da Fundação Certi, Ricardo Teixeira, avalia que o resultado também é reflexo do histórico de sucesso das telecomunicações em Santa Catarina. Lembra que desde a época em que o telefone era a grande inovação, o Estado estava entre os líderes.
Inclusão digital contribui para a inclusão social
Ter 33,5% das famílias com computadores com acesso à internet é um bom resultado, mas o desafio é promover a inclusão digital de toda a população, ressalta Rui Gonçalves. Ele diz que a medida melhora a qualidade de vida porque permite acesso a informações, conhecimento, educação à distância e oportunidades de negócios. Mas explica que as empresas investem em cidades com concentração de pessoas como Florianópolis, Joinville e Blumenau. Locais sem perspectivas de lucro não recebem serviços de banda larga.
O diretor da Acate afirma que o acesso está limitado pela infraestrutura. Norberto garante que Santa Catarina tem condições de se tomar a primeira do país. Para isto ocorrer, os técnicos aguardam a definição do governo federal em como serão aplicados os R$ 9 bilhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que é abastecido por uma taxa cobrada junto à conta de telefone.
Ele defende o uso do dinheiro para investimentos em fibra ótica e cabos para levar a banda larga a cidades que não são atrativas à iniciativa privada. Outra sugestão é instalar computadores com acesso à internet em quiosques localizados em pontos de grande concentração de pessoas, como praças e terminais de ônibus.
Diário Catarinense – Economia – 12/12/2009