Setores ignoram colapso econômico e crescem em meio à crise
Empresas de tecnologia da informação – também conhecidas como de TI – preveem abrir mais de 40 mil vagas somente este ano e outras 60 mil até o fim de 2011. O segmento trabalha com uma previsão de expansão de 7% neste ano, o que resultará no crescimento de quase US$ 1 bilhão do faturamento, que passará de US$ 1,3 bilhão, em 2008, para US$ 1,91 bilhão neste ano. Audaciosa, a meta tem explicação: tornar o Brasil o terceiro maior país em mercado no segmento, atrás apenas de China e Índia. Hoje, o mercado brasileiro está limitado à oitava posição no ranking mundial.
Em escala global, o faturamento do setor ultrapassa a casa dos trilhões. Em 2008, o segmento movimentou mais de US$ 1,3 trilhão. O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Antonio Gil, explica que a curva de crescimento do setor independe da expansão da economia.
O setor, explica Gil, é um dos poucos beneficiados nos dois estágios da economia: o de expansão e o de recessão. No período dos bons ventos, as empresas precisam de novos programas e projetos de softwares. Durante uma crise, as companhias cortam pessoal e precisam de programas capazes de executar os mesmos trabalhos de quando a equipe está completa.
"O crescimento do setor é sempre garantido, pois as empresas gastam por ano, em média, 5% do faturamento com tecnologia da informação", assegurou Gil.
Mais estaleiros
Para provar que a crise está distante da indústria naval brasileira, em setembro, foi inaugurado no complexo portuário do Suape (PE), o Estaleiro Atlântico Sul, o maior do Hemisfério Sul. Além disso, quatro estaleiros estão investindo na ampliação de suas instalações: Aliança e MacLaren Oil, no Rio de Janeiro; Wilson, Sons, em São Paulo; e Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
A reboque dos investimentos da Petrobras de US$ 174,4 bilhões até 2013, a empresa de tubos Schulz inicia a construção da terceira fábrica no Brasil este ano. A companhia, que está na fase de compra de equipamentos, iniciou a terraplanagem da área onde a unidade será construída, no mesmo complexo onde estão outras duas fábricas, em Campos. A Schulz vai investir R$ 100 milhões na construção da unidade, que vai criar mais 100 empregos diretos. No total, a companhia terá 400 funcionários até 2011.