“Técnico em informática deve fortalecer relacionamento com o cliente”
Aos profissionais da informática não basta dominar os recursos tecnológicos, que se renovam continuamente. Esses técnicos precisam entender a empresa e o negócio em que atuam e, principalmente, compreender o cliente. Esta é uma das conclusões do comitê técnico setorial, um grupo de discussão, promovido pelo SENAI e que envolve empresas de todo o país, com o objetivo de alinhar os cursos da instituição às demandas do mercado de trabalho.
Aos profissionais da informática não basta dominar os recursos tecnológicos, que se renovam continuamente. Esses técnicos precisam entender a empresa e o negócio em que atuam e, principalmente, compreender o cliente. Esta é uma das conclusões do comitê técnico setorial, um grupo de discussão, promovido pelo SENAI e que envolve empresas de todo o país, com o objetivo de alinhar os cursos da instituição às demandas do mercado de trabalho. O comitê do curso técnico de informática, com representantes de 11 empresas, uma universidade e duas associações de classe, se encerra nesta sexta-feira, em Florianópolis, ao final de três dias de debates.
A abordagem passa pelos conhecimentos técnicos desejados, pelas habilidades esperadas e também pelo comportamento e atitude que devem nortear a atuação dos profissionais. O especialista em plataforma Windows da Microsoft Jamil Lopes, representante de empresa no comitê, explica que a tendência é o surgimento de novas ferramentas, que facilitam o trabalho do programador. “Assim, sobra mais tempo para que ele se relacione com o cliente e compreenda as reais necessidades daquele trabalho”, afirma. “O profissional precisa saber trabalhar com o código fonte, mas, muito mais que isso, deve entender o negócio em que opera e ter uma orientação para o relacionamento com o cliente”.
A implantação dos Comitês Técnicos Setoriais é uma forma de ampliar a sintonia entre os cursos do SENAI e o setor empresarial. A partir dos resultados das discussões, o SENAI vai elaborar o desenho curricular dos programas que oferece em todo o país.
“Essa aproximação com as empresas é um dos motivos que ajudam a elevar o índice de empregabilidade dos programas”, afirma o diretor regional do SENAI/SC, Sérgio Roberto Arruda. Ele se refere ao índice de estudantes da instituição que obtém emprego até a conclusão ou alguns meses após completarem o curso e que chega a 91% nos cursos técnicos e a 93% nos cursos superiores de tecnologia. “Mas precisamos repensar continuamente nossos cursos”, acrescenta Arruda.
Douglas de Bortoli, de 17 anos, contribui para a elevação do índice de empregabilidade. Depois de concluir o ensino médio articulado com o curso técnico em programação de computadores no SENAI de São Miguel do Oeste, em 2009, ele se mudou para Blumenau para fazer um curso superior de ciência da computação. E com o diploma do SENAI, não demorou nem um mês para conseguir seu primeiro emprego. “Me surpreendi com a facilidade de arranjar um emprego. E ter feito um curso técnico no SENAI me ajudou muito. As pessoas que me contrataram dizem que os outros candidatos não tinham uma formação, enquanto eu era o único com conhecimento comprovado”, conta, feliz.
Aos 17 anos, Douglas já consegue pagar boa parte de suas despesas. Além de estar empregado, outras propostas de emprego já surgiram. “Meu salário já é igual ao de meus amigos mais velhos”, afirma.
O comitê de informática é integrado pelas empresas Amazonas Distribuidora de Energia (AM), Ntech Tecnologia de Informação (AL), ZCR Informática (BA), ValueTeam (DF), Inove Informática (PE), Forlogic Software (PR), Logmaster Tecnologia (RS), Softplan/Poligraph (SC), Microsoft do Brasil (SP), Associação Brasileira das Agências Digitais (RS), Sindicato das Empresas de Informática da Grande Florianópolis e Fundação Educacional Regional Jaraguaense – FERJ. Também participam da reunião representantes do SENAI da Bahia, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal, além de Santa Catarina, que faz a coordenação metodológica.
Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC